sexta-feira, 20 de março de 2009

Provavelmente é isto que acontece convosco...


Estamos tão centrados na nossa vida, dentro dos nossos paradigmas que pouco espaço nos sobra para pensar! Sim, para pensar! Não dentro da mesma forma que habitualmente mas de uma forma que desafia os pressupostos em que vivemos... pensar de uma forma que nos leve a questionar o "foi sempre assim!", o "é desta forma que se faz!", etc.


Perguntem-se:


Tem que ser mesmo assim?

De que outra forma poderia conseguir o mesmo objectivo?

Será que tenho mesmo que fazer isto?

...


O pensamento criativo é provocador, o pensamento analítico é convencional. O pensamento criativo procura novas alternativas, o pensamento analítico aprofunda a alternativa que usamos (paradigma).


Quero ver a vossa irreverente criatividade a funcionar!...

Aqui vai uma ajuda para o problema 1


Pelos vistos este blog não está a ser tão participado como esperava...


Vou deixar uma ajuda para o problema 1... pode ser que consiga que sugiram outras soluções!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Agora um problema prático...

Problema 2 - O estado da educação em Portugal

Se o problema anterior era bem estruturado e apenas era necessário encontrar soluções para o mesmo gerando o maior número de ideias, neste temos um problema mal definido. Isto é, o que é que entendemos concretamente com o "estado da educação em Portugal"?

- Que problemas identificamos?

Só depois de definirmos muito bem o problema é que poderemos gerar soluções!

Todos os leitores/participantes deste blog terão as suas ideias do que vai mal na educação em Portugal, assim, pedia a todos que suspendessem uma vez mais os seus pensamentos analíticos e que fizessem o seguinte processo:

1.º - Listassem todas as coisas que pensam que estão mal na educação (pelo menos 10 em 5 minutos)
2.º - Que pegassem em cada uma dos problemas que listaram e que os submetessem a sucessivos "porquês?" até ficarem satisfeitos com a definição do problema
3.º Peço-vos que listem os resultados ou que listem todo o processo que vos pedi

(lembrem-se, nada de pensamento analítico nesta fase)

Depois iremos analisar todos os problemas que foram identificados por todos os participantes e listá-los em categorias. Para cada uma dessas categorias de problemas poderemos gerar ideias para os resolver (a ferramenta que usaremos depende do tipo de problema que tivermos em mãos, visto que existem muitas ferramentas e umas são mais úteis que outras).

Aguardo a vossa identificação de problemas e tenho a certeza que poderemos chegar a soluções muito interessante, criativas e inovadoras.

Primeira Situação para Resolver


Começamos com um problema muito conhecido. Apesar de muitas pessoas poderem já conhecê-lo e ter uma solução para ele, lanço o desafio de encontrarem outras soluções.


Problema 1 - Nove Pontos


Olhe para a figura acima. O seu objectivo é juntar todos os nove pontos usando para isso no máximo 4 linhas. Estas linhas terão que ser rectas e nunca poderá levantar o lápis do papel ou voltar a passar sobre uma linha já efectuada (é útil passar estes nove pontos para uma folha, ou imprimir esta página).


1.1 - Consegue encontrar pelo menos 5 soluções para este problema?

1.2 - Qual o número mínimo de linhas que usou?


O problema está bem estruturado, pretende-se apenas que os leitores/participantes encontrem o maior número de soluções possíveis para o mesmo. Para isso é imprescindível que suspendam o vosso pensamento analítico durante um período e que tentem encontrar o maior número de soluções possíveis (vamos tentar pelo menos 5 soluções em 10 minutos). Escrevam todas as soluções a que chegaram pois a análise da utilidade das soluções é posterior à geração das mesmas!

Porquê um blog sobre criatividade e inovação?


A criatividade e a inovação estão na ordem do dia!


Muitos são os que falam sobre estes temas e mais ainda os que alertam para o facto destes serem imprescindíveis para a competitividade das nossas empresas e do próprio país. No entanto, apesar de muitos falarem poucos nos indicam como é que se pode ser mais criativo e inovar.


Este é o objectivo deste blog - criar um espaço de geração e partilha de ideias.


Neste blog espero incentivar a identificação precisa de problemas, a criatividade e geração de ideias, a selecção das ideias mais promissoras e desenvolver processos de implementação das mesmas - gerando a inovação.


Tal como referi muitas são as pessoas que falam em criatividade mas poucas sabem como é que a podem desenvolver consistentemente nas suas vidas, nos seus trabalhos, nas suas empresas e nos seus países.


Comecemos por dizer que a criatividade não é uma súbita inspiração divina - o pensamento criativo aprende-se e desenvolve-se.

A criatividade não é uma "coisa" reservada apenas a génios num momento de "loucura" - embora existam pessoas com maior capacidade criativa (tal como existem pessoas com maior capacidade para a matemática, por exemplo) todos podemos ser criativos.

A criatividade não é uma questão de novas tecnologias - a maior parte das inovações não são tecnológicas.



Porque é que dou esta ênfase na criatividade?



Antes de mais porque a criatividade é a base de toda e qualquer inovação e depois porque as competências que realmente faltam nas nossas empresas e no nosso país são ao nível da criatividade e do pensamento criativo. As competências de gestão e controle necessárias para implementar uma iniciativa (mesmo que inovadora) são as que são desenvolvidas sistematicamente em toda a nossa vida académica e ainda em muitos dos trabalhos que a maioria das pessoas fazem.



Se a maioria das pessoas necessitam de capacidades essencialmente analíticas porque é que digo que é necessário desenvolver a criatividade e a inovação?



Bem, podemos resumir a resposta a esta pergunta em 3 itens - Outsourcing, Mercados Emergentes (como a China, a Índia ou o Brasil) e Computadores.

Provavelmente, muitas pessoas ainda não se aperceberam que estamos no início de mais uma quebra de paradigma. Estamos a deixar a Era da Informação/Conhecimento para entrarmos na Era do Conceptual. Tal como há uns anos os trabalhadores fabris foram alvo de outsourcing para países emergentes onde o custo de mão-de-obra era (e é) muito mais barato, hoje começa-se a assistir a esse mesmo outsourcing mas dos chamados trabalhadores do conhecimento (como lhes chamou Peter Drucker). Os trabalhadores fabris não tiveram outra opção que não deixar a linha fabril e reconverter-se em "trabalhadores de escritório". Os trabalhadores do conhecimento que eram remunerados para trabalhar com informação e que eram muito bem pagos por isso, estão agora a ser alvo do mesmo outsourcing que os seus colaboradores da linha de montagem. Existem hoje em abundância trabalhadores do conhecimento em países emergentes que fazem o mesmo trabalho por 1/10 do custo. Por outro lado, e para agravar esta situação, os computadores estão cada vez melhores a desempenhar trabalho analítico, ou seja, no que se trata de análise desempenham esse trabalho melhor que qualquer humano!



Assim, que valor podem os nossos trabalhadores agregar? Como é que as nossas empresas podem competir?


A solução só pode ser - efectuando aquilo que nem os computadores nem os trabalhadores do conhecimento de países emergentes fazem! E isso apenas pode ser efectuado sendo mais criativo, inovando, dando maior ênfase ao design, desenvolvendo novas tendências, etc.


As empresas necessitam de uma nova abordagem. Necessitam de uma nova estratégia! Não podem continuar a efectuar a sua estratégia de negócio partindo de dados estatísticos, dados quantitativos e outros do passado e extrapolar o futuro! Isso faz com que as empresas fiquem cristalizadas no passado, com que os pressupostos com que desenvolveram uma determinada estratégia continuem a ser usados mesmo quando já não são adequados.


Sabemos que o tempo não é linear. Os hábitos de consumo e de compra dos clientes evoluem por um sem número de razões (tendências, imposições legais, concorrência, tecnologia, etc.). Se o comportamento dos mercados é descontínuo porque é que imensas empresas insistem em usar sempre a mesma estratégia ano após ano?


A nova abordagem tem que ser efectuada partindo do futuro, de onde queremos chegar (ao invés do passado) e definido o que podemos ou devemos fazer para lá chegarmos. É neste processo que se pode e deve ser criativo. É neste processo que se detectam novas tendências e oportunidades no mercado e é neste processo que se pode agir proactivamente.


No meu trabalho como consultor tenho visto esta situação vezes e vezes sem conta! Empresas que se queixam que os clientes já não consomem como antes e que não se apercebem que o modelo de negócio, que a estratégia que usam está dramaticamente desadequada. A maior parte das vezes preferem culpar a concorrência, a legislação e até os próprios clientes por terem mudado os seus hábitos!


As empresas actuais têm que estar preparadas para mudar tudo exceptuando os seus valores fundamentais.


"No século XXI a concorrência não será entre produtos mas sim entre modelos de negócio" - Bill Gates


Esta é uma afirmação extremamente lúcida do que se passa, no entanto voltamos à mesma questão - como é que as empresas podem ter um modelo de negócio vencedor?


Volto à mesma resposta - o desenvolvimento do pensamento criativo é fundamental!


Como referiu Peter Drucker, só há duas funções nas empresas que lhes conferem vantagem competitivas - a Inovação e o Marketing - tudo o resto é acessório!


Penso que consegui desenvolver porque é que é importante desenvolver a criatividade e a inovação nas empresas, agora vamos ao "como?"!


Como desenvolver a criatividade e a inovação é o processo mais divertido e gerador de insights e ideias de todo o processo.


Primeiro é necessário a colaboração de todos quantos visitem este blog depois são necessárias algumas regras para conduzir o processo criativo. As regras eu vou fornecendo à medida que os problemas a resolver criativamente forem surgindo, a participação apenas posso exortar a todos que o façam!


Sei que a pertinência deste blog é grande, não sei se a participação o será, no entanto aqui fica a minha participação para melhorar as empresas e Portugal.